sábado, dezembro 30, 2006

No meio da neblina, uma luz aparece...


Acaricias-me a minha alma sempre que falo contigo, nem é preciso estarmos em pessoa para me tocares... Não sei como consegues ver-me tanto assim, perceber tão bem como eu sou, como eu penso, como eu sinto... Mas será que me vês mesmo? Tantas vezes já me disseram que me viam e afinal... não viam, só olhavam... porque afinal nunca me conseguiram compreender... e depois magoavam-me....

Os meus olhos procuram-te no meio da neblina, mas só consigo descortinar alguns vultos... de tempos a tempos consigo ver uma cara, às vezes um coração, mas nunca o todo. Ver mesmo o todo é tão complicado. Quando somos jovens podemo-nos esconder na neblina porque temos medo do desconhecido, quando começamos a crescer e a bater com a cabeça já nos escondemos não pelo desconhecido, mas pelo que já conhecemos.... e às vezes é isso o mais assustador, porque nunca sabemos quando as coisas se repetirão.

No entanto, quando a neblina começa a oprimir há sempre uma mão que nos guia até um sítio mais claro... e que nos mostra que há muito mais do que a neblina ainda nos esconde do nosso futuro. Há sempre um amigo que se lembra de nós, que nos diz uma palavra amiga, os nossos pais que nos tentam sempre proteger, mesmo indo durante a noite ver se estamos a dormir bem, um animal de estimação que sempre que nos vê, vem dar as boas vindas e chamar para a brincadeira...

É certo que não esquecemos o que está por detrás da neblina e queremos ver... e ganhamos esperança sempre que vemos uma luz... mas qual das luzes é a certa? Ás vezes dava jeito ter um relógio que nos desse sinal sempre que deveríamos fazer a escolha certa, não perder o tempo certo... não deixar escapar a oportunidade certa, porque afinal à muita coisa que nos escapa quando perdemos o comboio...

O batuque da nossa dança começou... dançarás comigo? Dançarei eu contigo? Dançarei com quem? Começas a puxar-me pela mão e fazes-me rodopiar... Sabes que eu quero dançar e que gosto de dançar... mas saberás dançar comigo? Os nossos pés sincronizam-se e dançam ao som da música, estás-me a conduzir na dança, eu sinto o teu coração a bater... eu vejo os teus olhos enquanto dançamos, mas ainda não me deixas ver tudo do que eles são espelho... eu não quero um espelho embaciado... quero um espelho limpo e claro... se calhar podes pensar que eu "quero" muita coisa, mas afinal não queremos todos?

Quando eu danço, eu entro mesmo na música, eu danço mesmo com o meu par... tal como ele me faz rodopiar e faz rir, eu quero fazer o mesmo, afinal uma dança é a dois, o que damos também queremos receber...

Dancem, rodopiem, sintam o vosso par e guiem-no na vossa dança...iluminem-lhe o caminho para que saiba por onde pode caminhar, qual o caminho que ele pode escolher... afinal estamos todos numa grande neblina há espera de uma luz que nos guie...

sábado, dezembro 16, 2006

A seda do teu toque....


As minhas palavras nem sempre saem facilmente... penso e sinto muito, mas as palavras nem sempre o demonstram suficientemente bem o que quero e desisto de escrever... quantas vezes um abraço diz muito mais, quantas vezes um beijo representa o Amor que temos por alguém, quantas vezes uma festa na cara demonstra muito mais o carinho de alguém por nós...

Eu gosto de ouvir palavras, de ouvir o seu significado, acariciando a minha alma e alimentando o fogo interior. Mas adoro sentir o toque... gosto de tocar, sentir o toque da pele, a força de um abraço, a seda dos lábios, a doçura da língua, uma massagem nas costas, o deslizar as mãos pelo peito, pela barriga, pelas costas, por curvas e pernas...

Agarro a tua cara entre as minhas mãos docemente e aproximo-me... os nossos lábios tocam-se pela primeira vez, beijando lentamente para explorar, sentir o modo de beijar do outro... envolvo a tua cabeça num abraço e tu abraças-me por tua vez, segurando a minha cabeça como para não me deixar fugir... passo os meus dedos pelo teu cabelo, deslizas as tuas mãos pelas minhas costas... que loucura, quero mais...quero beijar mais fortemente, quero-te sentir mais perto de mim, quero-te levar para o nosso mundo. Tu beijas-me como se me dissesses o mesmo...

Empurras-me suavemente até ficar encostada à parede... sem nunca me deixares de beijar, levantas o meus braços acima da minha cabeça, com uma mão seguras as minhas enquanto com a outra começas a sentir as minhas curvas... acabas por não resistir, e libertas-me para poderes sentir com as duas mãos o efeito que tens sobre mim...
Deslizas os teus dedos para dentro da minha camisola vermelha e começas a tirar-ma... eu começo a desabotoar a tua camisa, deslizando-a em seguida... percorro com as minhas mãos o teu torso trabalhado... temos sede, temos fome do momento seguinte... todos os momentos que estive longe de ti culminam com esta certeza...

Sentia a tua falta, sinto a tua falta até vires comigo matar esta fome de muito mais do que temos, matar esta sede de Amor e paixão... acabar com esta carência, com esta solidão, culminando num momento de união... poder ficar a descansar no teu peito, escutar o bater do teu coração, sentir a tua pele sem nenhumas barreiras, poder observar as nossas mãos brincando, poder levantar os olhos e ver-te a olhar para mim como só tu me podes olhar, como só eu posso compreender...




O poder da água




Entro em casa e tiro a minha roupa peça a peça... entro na casa de banho e entro no duche, ligo a água quente e começo a relaxar... todo o cansaço, toda a tristeza, todo o stress.... liberto-me ao poder reparador da água quente em contacto com a pele. Sentir o meu cabelo a ficar todo molhado, sentir a água que jorra com força percorrendo-me... a cabeça, pescoço, seios, costas, pernas, pés... fecho os olhos e sinto só o contacto da água, ouço só o som reconfortante deste líquido precioso...

Encosto as duas mãos à parede como se fosse demasiado bom ter este prazer... poder relaxar desta maneira... não chega... sento-me no chão da banheira e inclino-me de maneira a receber o jacto de água principalmente nas costas, tocando e massajando os pontos de dor que a tensão cria...

Deixo-me estar, a sentir a água, a sentir este toque de gotas que apesar de serem pequenas, em grande quantidade têm um grande poder. Tal como nós, a nossa força de vontade e esperança...podemos ser um ser pequeno num planeta gigante, mas nem sempre percebemos o enorme impacto que têm as nossas acções. Quando fazemos uma boa acção é como uma gota de água numa vegetação seca... regenera a vida e dá uma nova alegria à vida. E tal como as gotas de água têm tendência de seguir o mesmo caminho, novas pessoas juntam-se na nossa caminhada.
Podemos magoar alguém, como água a ferver... ficamos queimados, mas enquanto que com a água a ferida passa, com as pessoas a ferida fica, mesmo que cicatrize. A água também repara e lava as nossas tristezas ao juntar-se às lágrimas derramadas... Os braços e mãos abraçam a cabeça e protegem-na da força da água.... esconder-me por momentos do mundo, deixar-me tempos incontáveis com a minha tristeza, para depois em seguida deixá-la partir ao levantar a cabeça e deixar a água escorrer pela minha cara.... lavar a tristeza, a tensão, a frustração e a negatividade levando-a pelo ralo do duche, para longe de mim.

No fim de um duche sentimo-nos sempre revigorados, como uma nova força e outra visão das coisas, porque afinal quando estamos relaxados vemos as coisas de uma forma muito mais clara e descomplicada das coisas da vida e dos seus estranhos caminhos.

pensamentos confusos de tristeza



Tenho tristeza em mim, uma tristeza que não consigo explicar. Quero chorar, sinto as lágrimas a chegarem aos olhos, mas porque razão? Porque nos sentimos tristes, mesmo sem termos uma razão por isso? Não quero chorar, não sou fraca! Mas porque não, se alivia? Porque razão chorar é sinal de fraqueza? Porque não sinal de força? É preciso coragem para chorar e não ter vergonha disso. É preciso coragem para enfrentar os nossos próprios erros e admiti-los não só a nós próprios como aos outros.

As lágrimas não caem... mas a tristeza fica aqui dentro de mim. Será tristeza? Será cansaço? Talvez as duas coisas. Tristeza de algo faltar, tristeza de poder fazer algo e não poder ao mesmo tempo, cansada de esperar, cansada fisicamente, cansada...

Varro a tristeza em mim com música, com um silêncio, um carinho, uma alegria do dia-a-dia...

Não me quero sentir desamparada, não me quero sentir fraca, nem triste, nem cansada... Não me quero fechar, não quero encerrar-me em mim mesma. Já tive muito tempo assim, já perdi muito por isso.

Chora, grita, faz algo... mas não, impedes-te a ti própria, não queres ser fraca nem para ti. Mas porquê só "eu", "eu" e "eu"???? Porque é que há dias que somos tão centrados em nós mesmos, mesmo sem querer ser assim. Sê-lo ou não ser lá dizia Shakespeare...

domingo, dezembro 10, 2006

Dança, sente, liberta-te



Sentir a música... sentir a euforia dos corpos em redor a dançar, sentir o poder, o ritmo, o som, a letra... adoro dançar! Adoro sentir o meu corpo a soltar-se das amarras, sentir-se livre, sentir-se vivo, sentir-se sexy...
Deixo o corpo soltar-se, danço, ele dança ao som, ao ritmo da música... o meu coração bate ao mesmo ritmo, a cabeça, braços, torço, ancas, pernas, pés... juntam-se no meu equilíbrio perfeito para dançar, para desenhar o meu quadro da música... o olhar cruza-se com alguém e por momentos dançamos um para o outro, um flirt de olhares...
No meio de uma discoteca, olho em redor e observo... enquanto danço, observo a dança dos outros, os movimentos, os engates, as tentativas de engates, os observadores, os disponiveis, os galãs, os timidos, os "cromos", @s que procuram algo para o momento, os grupos de amigos que só estão ali para se divertir...
Depois desligo e entro na música, danço com os meus amigos, flirto, e continuo a dançar, ganho energia no meio de tanto dança, ganho uma nova vida, ganho um novo sorriso, ganho uma nova confiança.
A música tem muito poder... anima-nos quando estamos tristes, ajuda-nos a pensar quando estamos confusos, liberta-nos quando precisamos e consegue mesmo fazer-nos rir. No meio de tantas amarras, acaba por ser um meio libertador de nós mesmos...

quarta-feira, novembro 29, 2006

Um livro, uma estória, uma vida


Adoro ler... o prazer de ler um livro é grande, quando ele é bom, bem entendido. Entrar nas personagens, envolvermo-nos na trama da estória, sentir a alegria, a tristeza, a dor, as gargalhadas que vão transparecendo a cada página de um livro...

Ler um livro é entrar na magia de um mundo imaginário, por vezes fantástico, outras vezes romântico, outras ainda cómico... é entrar no imaginário do autor, é entrar em mundos fora do nosso alcance físico, é visitar tempos antigos e tempos futuros, é saborear o passado, o presente e o futuro... perceber o quanto é rica a humanidade, o quanto somos capazes de fazermos coisas boas e belas, o quanto somos capazes de sentir e pensar.

Aprendemos factos da vida, aprendemos o que é amar mesmo sem termos ainda conhecido o Amor, aprendemos como as pessoas agem e o porquê de agirem assim, aprendemos novas culturas e hábitos, somos estudantes da estória do livro e da nossa história.

O livro não é só um conjunto de folhas escritas encadernadas... um livro é um mundo de conhecimento, de sabedoria, de algo que te estão a passar e que deves aproveitar. Um bom livro lês uma vez, e ficas com vontade de o reler, e mais uma vez, e mais uma vez... um bom livro acompanha-nos vida inteira.

Se formos a pensar, todos nós somos um grande livro. Mais, somos uma enciclopédia... simplesmente não temos índice, tornando-nos assim mais dificil a outrém nos conhecer verdadeiramente. A nossa vida é um livro em branco que a dia que passa vamos escrevendo uma nova página, duas se ele for muito atribulado...

Homens e mulheres dizem que o outro devia de vir com um livro de instruções... mas porquê? Se fossemos assim tão simples, se fossemos assim tão previsíveis, acham mesmo que a vida seria assim tão interessante? Que iriam aprender o mesmo que aprendem agora? E depois, assim também não aprenderiam o mesmo que aprendem sobre vocês próprios, porque afinal às vezes até para nós mesmos somos uma incógnita.

Por aqui, eu vou escrevendo um pouco da minha história, da minha ficção, dos meus sonhos, da minha confusão e descoberta do eu... uma grande mistura, mas afinal todos nós temos estes bocadinhos de mundos nossos unidos num só.


segunda-feira, novembro 27, 2006

Penso em ti


Começou a pouco e pouco... um sorriso teu, um olhar, uma palavra meiga... depressa passou para conversas longas e profundas, tentando nos conhecermos um ao outro. Uma faísca surgiu entre nós, alimentada a pouco e pouco por ambos.

Penso em ti... sim, penso quando oiço a tua música, quando o télémovel toca, quando acordo, quando me deito, e ao longo do dia. Aos poucos e poucos, começaste a entrar em mim, no meu pensamento, no meu coração... ele começa a bater mais forte sempre que te vejo, eu coro sempre que me falam de ti, o meu sorriso e o meu olhar iluminam-se... Começo a ficar ansiosa quando sei que vou estar contigo.

Tens medo? Eu também... já ambos batemos com a cabeça na parede, mas avançamos aos poucos. Não vale a pena pensar no passado, mais vale viver o presente e aproveitar o futuro. Vem viver o meu presente, vem viver o meu futuro... pensar menos e sentir mais, a vida devia ser mais assim.

Caminhar sozinha na vida não tem alegria... e apesar de ainda estar sozinha, começas a dar-me uma nova alegria.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Casa do lago


Caminho lentamente por um caminho de terra, coberto por folhas de cor vermelha, castanha e dourada... Ouço o estalido que elas fazem, ao desfazerem-se em mil pedaços, ouço o vento a passar por entre ramos das àrvores, folhas que caem com a força da brisa, uma acaba por me acariciar a face no seu caminho para o chão.

Este caminho está rodeado de arbustos verdes e castanhos, pinheiros e castanheiros protegem-me do sol, fazendo um jogo de luz no chão de folhas mortas. Acabo por chegar a uma casa de madeira junto ao lago... subo as escadas e viro para a esquerda, onde há um solário envidraçado. Entro, e sento-me num sofá branco, confortável, tiro os meus sapatos, e enrosco-me no sofá, cobrindo-me parcialmente com um cobertor felpudo azul... Adoro estar neste sofá. Ele está virado de maneira a podermos ver o lago. Vemos o cais de madeira frente à casa, onde ancorado está um barco a remos. Consigo ver tudo em redor da baía... a àgua azul do lago, o colorido das folhas das àrvores, o sol que se começa a pôr, o céu a ficar vermelho-alaranjado...

Adoro estar aqui... neste meu mundo, protegida por mim, sem mal nenhum, nenhuma malícia, nenhuma desconfiança, nenhuma mentira, nenhuma inveja. Um mundo onde sou feliz e não sou magoada. Mas um mundo onde falta calor humano, onde falta um toque, uma voz, um riso, uma mente, um coração... alguém que se me reunirá e partilhará o meu mundo, o meu mundo de sonhos, o meu mundo de refúgio, o meu mundo real...

terça-feira, novembro 07, 2006

Lágrimas


Sinto um calafrio e acordo... não estás ao meu lado. Levanto-me da cama ainda quente dos nossos corpos, e sinto o frio da manhã de inverno... Caminho pela casa, pelo chão de madeira escura com as minhas meias brancas calçadas. Tento encontrar-te, eu sei que precisas de mim... Acabo por encontrar-te na sala, em pé, frente à janela... estás a chorar...
Vou ter contigo e abraço-te por trás. Quero que sintas o meu calor, o meu Amor por ti. Tu não estás sozinho, eu estarei sempre contigo. Eu sei que posso não te compensar pelas tuas perdas, mas quero que partilhes a tua tristeza comigo, aliviar-te dela... porque se tu estás a sofrer, eu sofro contigo porque fazes parte de mim. As lágrimas começam a cair-me pela cara, não consigo parar... não consigo ver-te chorar sem chorar também...
Acabas por virar-te e respondes ao meu abraço. Tu sabes o que eu te quis transmitir, por isso retribuis o abraço com força como se dissesses "obrigado por estares aqui comigo, por fazeres parte de mim". Acabamos por nos sentarmos, aninhados um no outro, no sofá da sala, acariciados pelo sol da manhã... as lágrimas acabam por parar, mas continuamos em silêncio... Nestes momentos, palavras não chegam, são demasiados vazias...
Assim, mantemo-nos calados e abraçados, enquanto olhamos pela janela, a vida que há no nosso jardim... porque afinal a vida continua...
Um beijo....

quarta-feira, novembro 01, 2006

A Latada



A Latada, uma das tradições da antiga Universidade de Coimbra... a universidade onde eu sempre quis estudar e onde orgulhosamente estudo (bom, uma delas, já que também estudo no IEP de Bordeaux).

Eu sei que todos os estudantes tem orgulho de pertecer às suas universidades, mas... estudar em Coimbra é realmente uma das melhores coisas que pode haver na vida! Lá vivemos plenamente a vida universitária, sem deixar de estudar (quando necessário). @s nov@s amig@s, novos conhecimentos, ir para a borga, nas tascas onde bebemos o famoso traçadinho, ir aos bares, discotecas, ir dançar... :) Em Coimbra, quando sais à noite consegues encontrar toda a gente...
Viver, ir para a borga, não fazer nenhum, ir às aulas (sim, eu sei... nem todos vão), aprender e estudar (quando necessário... lol, de certeza k vocês me compreendem!)

Ontem cheguei de Bordéus. Saí de lá às 21h45 no dia anterior e cheguei ontem às 10h10... saí em Coimbra para poder ir ao Cortejo da Latada e poder rever todos os meus amigos. Foi um dia cheio de recordações e de saudades. Só tive pena de não ter o traje e de só poder estar ali aquela tarde... tinha que regressar a Rio Maior, a minha casa. Mas de resto... que alegria poder participar numa tão grande festa, ver os novos caloiros, as novas canções, as canções de disputa entre cursos, a cidade cheia de morcegos (os estudantes trajados), novas fotos para recordações... e sim... as bebedeiras ao longo do cortejo, até chegar à margem do rio Mondego onde se baptizam os caloiros, onde os do 3º ano mandam o grelo ao rio...

Todos os antigos e actuais estudantes universitários de Coimbra sabem do que falo... não há nada como Coimbra! :D Lembrando o famoso fado... "Coimbra tem mais encanto na hora da despedida...", mas para mim tem encanto a todas as horas!

domingo, outubro 29, 2006

Cartas...


Cartas...

será que alguém ainda sabe o valor das cartas escritas à mão?
Não estou a dizer que seja contra à utilização da internet como um meio mais fácil e mais rápido de correspondermo-nos com alguém. Mas agora de certeza que há muita gente que ainda não sabe o que é receber uma carta, de folhas de papel autênticas!!! Abrir a portinha a caixa de correio e dentro estar uma carta, escrita à mão e selo... de quem será? A expectativa que se cria... o abrir com cuidado o envelope para não rasgar nada, o que correr até um sitio para nos podermos sentar a ler, em silêncio, a carta recebida... as primeiras linhas... ahhhh os olhos tornam-se maiores pela boa surpresa que podem ler, a alegria jorra deles, um sorriso aparece nos lábios, o coração começa a saltitar... é dele!

Por muito que tenha falado contigo pelo telemóvel ou pelo msn, sabe tão bem ler algo que escreveste com tanto cuidado... as folhas de papel são de qualidade, a caneta permanente, as palavras carinhosas, uma vez que te preocupaste em escrever sobre o que sentias... e a fazer-me sentir o que estavas a sentir na altura em que a escreveste... o cheiro do teu perfume que sinto nas folhas, os desenhos que puseste nos cantos da carta... tudo um enorme presente para mim, um enorme presente que é constituído por folhas de papel, mas de mais valor do que se fosse um diamante...

Mas agora... guardo-as numa caixa... acabou-se mais uma vez o sonho de um futuro a dois... choro, sofro...


.....mas um dia volta-se a ver a luz...

terça-feira, outubro 24, 2006

Eu quero voar


Eu quero voar... voar para um sítio onde tudo ao meu redor parece que foi ali posto de propósito para me deixar extasiada. Caminhar por praias de areia fina, sentir o seu ranger debaixo dos meus pés, as ondas do mar calmo molhando-os parecendo que querem brincar ao "toca e foge", a brisa suave passando por mim enquanto alivia o calor temperano do dia... as cores, como descrever as cores?... O azul do mar quente, a cor dourada da areia, as palmeiras e arbustos verdes, o azul claro do céu, a luz quente do sol, as cores variadas das flores selvagens... que beleza indescritível! Enquanto caminho por aqui nesta praia imaginária, acalmo-me, relaxo, penso... quero viver tanta coisa e fazer outras tantas... conhecer pessoas e cidades... aprender línguas e culturas... apreciar bebida e comida diferentes... há tanto para ver e conhecer! Mas aos poucos e poucos vou conhecendo, vou descobrindo, vou saboreando... enfim, vou vivendo!!! E viver cada dia dá-me uma alegria imensa, mesmo naqueles em que posso estar tristinha, porque afinal por mais mal que as coisas estejam, há sempre algo de bom.

sábado, outubro 21, 2006

Desabafo da alma


Tanta coisa guardada na memória... dias em que fui feliz, outros em que fui infeliz, outros em que me senti desamparada e solitária, outros onde tinha uma alegria imensa... Passamos por tanto na nossa adolescência... é de certeza dos períodos mais violentos da nossa vida. Sim, violentos, a nível psicológico. Talvez não concordem comigo talvez sim... Mas para mim, sim foi violento.
Podemos parecer que sabemos tudo, que somos seguros, mas no meio de tudo, estamos tão desamparados no meio da incompreensão geral da multidão que nos cerca.

Eu queria tanto ter mais liberdade, poder viajar pelo mundo, conhecer novas pessoas, novos lugares, novos conhecimentos... Sair da minha pequena cidade, ver mais pessoas do que as que era obrigada a enfrentar todos os dias. Porquê? Muito simples... Quando viajava sentia-me livre, sentia que era verdadeiramente eu. Poder decidir por mim o que fazer e quando fazer. Eu tinha e sempre tive consciência do que é está bem e do está errado. Sempre tive os meus princípios e nunca abdiquei deles e sempre fiz o que estava certo? Então porquê tantas amarras? Porquê tantos julgamentos?

Bullying... alguma vez ouviram falar? É um fenómeno que acontece geralmente na adolescência nas escolas, quando somos perturbados por uma pessoa ou um grupo de pessoas que nos tratam como se fossemos inferiores. Antes, não sabia que se dava esse nome... agora sei... eu também fui vitima de bullying, como tantos outros. As pessoas não imaginam como quando somos novos podemos ser vulneráveis a fenómenos como este... no meu caso, foi mais no meu 11º ano... era o segundo ano que estava com aquela turma do secundário e davamo-nos relativamente bem. Mas... naquele ano, fui o "alvo" preferido para os gozos das meninas da turma... perceber que era gozada, ver os olhares enquanto "cortavam" e os risos logo a seguir, conseguir ouvir mesmo de longe que falavam de mim... é incrível como a auto-estima se destrói com tanta facilidade... e como demora tanto, tanto a ser reconstruída!

A minha auto-estima foi-se muito abaixo, tornei-me muito insegura sobre as minhas capacidades e de como era a nível físico... Um dia acordei e comecei a chorar... não queria ir para a aulas, não queria ser durante mais um novo dia o alvo de gozo... Os meus pais não perceberam o porquê de eu chorar e eu também não expliquei... Ainda hoje, depois de tanto tempo, ainda sinto vontade de chorar quando penso nisto...
Mas, nesse dia, depois de limpar as lágrimas jurei para mim mesma que nunca mais me iria deixar ir abaixo, que nunca mais iria deixar que destruíssem a minha auto-estima, e que ia tornar-me mais extrovertida e confiante comigo mesma. Na verdade, foi um árduo trabalho, mas aos poucos e poucos fui juntando de novo as peças do puzzle da minha confiança.

Hoje, só me arrependo de me ter deixado ir tão abaixo nessa época... e de resto, faria tudo como fiz, porque fiz simplesmente o que achava certo para mim.
Actualmente, tenho confiança em mim, sei que sou capaz de muitas coisas, que tenho bons amigos, que conheço e vivi coisas que mereci viver, porque lutei por elas, segui o meu instinto.

No essencial, é isso mesmo... não ouçam quando vos deitam abaixo, porque se fazem isso é porque têm menos valor que vocês mesmos...e como têm insegurança deles mesmos, só se sentem bem a deitar abaixo os outros.

Mais um desabafo da minha alma... mais um aprofundar de quem eu sou...

Autor da foto: João Garcia (www.olhares.com/foto10955.html)

Acordar para a saudade...


Acordo no meio dos lençóis macios da minha cama... eles envolvem-me tal como tu me envolvias no meu sonho... quero voltar ao teu peito, sentir o teu calor, a tua pele, a tua boca... que saudades de um beijo! O toque cálido entre os nossos lábios, a suavidade dos teus, a tua lingua a envolver a minha e eu a brincar com a tua... dar-te pequenas mordidelas que tu adoras, fazendo com que me beijes ainda mais apaixonadamente... adoro quando me beijas assim, todo o meu corpo então deseja também beijar e ser beijado...

Ver-te a olhar para mim como se fosse a mulher perfeita, a perfeita para ti... com os meus defeitos e qualidades... olhas nos meus olhos e podemos estar horas a "conversar"... consegues ver-me tão bem! De tempos a tempos sorris, como se tivesses compreendido algo mais que eu ainda não te tinha mostrado, e depois suspiras... o poder de um suspiro... e depois fechas os olhos... será por não acreditares que estou ali mesmo contigo? Que isto é um sonho? Talvez seja... mas também foi e pode ser uma realidade. Quando abres os olhos, sorris de novo e abraças-me ainda mais forte, porque sabes que o nosso momento está a acabar-se... o tempo foge e sentimo-lo a ir-se... aproveitamos e olhamo-nos mais uma vez, damos um último beijo, um último abraço, um último suspiro juntos...

Depois... vem a saudade... até uma próxima vez...

Autor da foto: Paulo César (http://www.olhares.com/close_together/foto586260.html)

Bate...bate...bate...


Bate....bate...bate... o meu coração bate por ti... bate, clama, grita...

em dias e noites em que estou mais introspectiva sinto-o bem no meu peito a clamar pelo doce e apaixonado Amor. Ele quer bater mais forte por alguém, ele quer bombear nas minhas veias a vida que há em mim.... Eu sinto no meu corpo uma sensação estranha... na pele, nos músculos, aquela sensação como se estivesse a minutos de te ver... ansiedade talvez... incerteza quanto ao que virá, ou melhor quem virá..

Bate...bate...bate... bate meu coração, um dia o teu chamamento será respondido. Por quem ninguém to pode dizer neste momento, mas a esperança assim o diz. Entretanto... são horas de ir dormir, relaxar e sonhar... nestes tempos em que estamos sós um com o outro, os sonhos são um bom refúgio...


Autor da foto: Ricardo Tavares (http://www.olhares.com/pensamentos_perdidos/foto13174.html)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Ouve


Shhhh... pára e escuta! Escuta o que te rodeia,cheira os aromas da terra quente e humida da chuva, sente os teus pés a esmagarem as folhas secas e ramos partidos... sente a vida envolver-te a cada inspiração, a cada passo que dás... ilumina os teus olhos com os verdes múltiplos da natureza presente no teu campus universitário, na tua casa, na tua rua, na tua cidade... vê a alegria da vida num pequeno rebento de flores no meio da calçada, vê o esplendor dos raios de luz no meio da natureza, ouve o chilrear dos pássaros...cruza o olhar com alguém desconhecido e vê surgir um sorriso... observa a vida em redor, a quantidade de pessoas que passa por ti e que por segundos fazem parte da tua vida, tal como tu da deles... ri da estapafurdice que inunda as nossas vidas e que insistimos em conservar....faz algo a outrém, verás como serás recompensado...

Vive a Vida, vive a alegria de viver, vive a maravilha que é ser parte de um planeta chamado Terra, aproveita, usufrui, perserva, contribui... um segundo, um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, um século... os anos passam, a tua vida modifica-se, as tuas experiências aumentam, vives coisas boas e coisas más, mas vives...

Vida... um presente a ser desembrulhado a cada segundo da nossa existência, e por cada prega de papel de embrulho que tiras, novas surpresas vão surgindo...

Autor da foto: António Lança (http://www.olhares.com/caminho_sintra/foto869500.html

domingo, outubro 15, 2006

Revejo-te...

Revejo-te em todo o lado... no olhar de um homem, no andar de outro, na maneira de falar doutro... escreves-me por cartas nunca escritas, falas comigo por telefonemas nunca feitos, sinto o teu perfume apesar de nunca o ter cheirado, sinto o teu toque durante os meus sonhos como se me tivesses de verdade a tocar.

Vivo entre homens e mulheres, uns que já conhecem o Amor, outros que pensam que o conhecem e outros que são hipócritas em relação a ele... "Como podes dizer que conheces o Amor? O Amor não existe!". Tudo bem, eu reconheço que é uma boa pergunta, porque afinal se às vezes pensamos que o encontramos, como pode ser que a relação acabe? Mas ninguém pode dizer que nunca o sentiu, quando era beijado e só desejava que esse beijo continuasse, quando era tocado e só pensava em aproveitar e quando estava longe só desejava de novo só esse mesmo toque... sentir as agruras da saudades quando se está longe da pessoa que se ama, ficar alegre só porque recebeu um pequeno sms, que mesmo se não disser explicitamente "amo-te", esse sentimento transparece em cada letra...

O Amor e os seus sonhos e fantasias...tão simples e complexo, tão certo e tão incerto, tão...tão... um infinito de palavras e sentimentos que nos tocam e de que precisamos como se fosse ar para podermos respirar, como se fosse comida para estarmos saciados, como se fosse àgua para podermos estar hidratados...

domingo, outubro 08, 2006

Underwater love



Underwater love....

Ama-me como se fosses àgua, tocando-me, seguindo o curso do meu corpo... toca em todas as minhas curvas, cada pedacinho da minha pele... Toca-me como se fosses uma cascata, tocando-me num ponto e em todo o lado... toca-me, vê e sente o meu corpo a reagir ao teu, os meus seios a ficarem erectos, a minha pele a aquecer ao toque da tua, a minha boca a ficar cada vez mais vermelha pelos teus beijos... o meu corpo a clamar por mais...mais...mais...


Autor da foto: François Benveniste

terça-feira, outubro 03, 2006

Viagem a Saint-Émilion


Este domingo fui a Saint-Émilion, uma vila pequena, rústica, perservada... é muito conhecida aqui na região de Aquitaine em França pelos seus famosos vinhos. Em redor dela, existem vinhas e vinhas e vinhas...

Ao caminhar pelo campo em redor e pela vila tem-se a impressão de estar numa vila preservada no tempo... É simplesmente deslumbrante passear por entre ruas de pedra e edifícios antigos, limpos e preservados. E quando subimos no alto do Château du Roi, construído em 1224 e olhar em redor... simplesmente espectacular!

Poder ver os Châteaux em redor responsáveis pela produção dos famosos vinhos, poder ver uma Catedral linda, um museu de artesanato ancestral e contemporâneo, uma Igreja do séc. XIV, ver as caves, ver tantas garrafas de vinho (do simples vinho para beber ao de colecção) medalhadas em concursos de degustação de vinhos...

Eu comprei uma garrafa de vinho de Château Saint-Valéry de 2001, que é um Saint-Émilion Grand Cru, e que ganhou num concurso em Paris a medalha de Prata. É um vinho tinto, que tanto é bom para beber como para guardar para colecção. Um bom vinho para levar para Portugal e dar aos meus pais. Mas descansem, eu não fiquei falida, foi relativamente barato. Eu não sou doida.

Foi um dia muito bem passado... só tenho pena de uma coisa. Que em Portugal nem sempre se esforcem por preservar o património histórico e saberem aproveitar todas as vantagens do turismo que iriam ajudar não só a economia como a preservar esses mesmos monumentos históricos!

Por isso, se alguma vez puderem visitem estes lugares históricos e usufrutem do que vos é dado. E tentem sempre preservar, tanto como visitantes ou como instigadores de restauração de um edifício histórico.

Fiquem bem ;)


sexta-feira, setembro 29, 2006

onde estás...


Onde estás? ...
Quem és tu... o que fazes... como és... onde estás... ? Onde estás tu, tu que me farás sentir completa em todos os sentidos?

É do conhecimento de todos que cada um tem a sua metade no mundo... Alguns conseguem encontrá-la mais cedo que uns, outros tem que passar por muito antes de a encontrarem... Uns procuram-na, outros deixam o destino seguir... Mas intimamente chegará uma altura em que sentimos falta desse alguém para nos completar. Senão o vazio, por mais cheio que esteja com o amor da nossa família, amigos e o sucesso profissional, um dia começará a fazer-se sentir cada vez mais.

O vazio pode ser tão profundo às vezes... que começamos a preenchê-lo com outras coisas. Há quem o preencha com mais trabalho, ou com mais "pessoas passageiras", ou com a famosa procura do "eu"...

Eu sinto o meu vazio e quero preenchê-lo! Mas sei que não posso forçar o destino para encontrar esse alguém para mim. Também não quero errar, não quero sofrer, não quero fazer sofrer, não ... Mas quem é que não sofre na procura do amor? Quem é que não dá cabeçadas? Quem não conhece pessoas que poderiam ser as tais, mas por qualquer razão não é possível?

Entretanto... aqui estou, procurando e esperando, esse alguém que me irá acariciar este corpo faminto de amor, beijar esta boca sedenta de amor, sentir-me, olhar-me, sorrir-me, falar-me, ouvir-me, compreender-me...

quinta-feira, setembro 28, 2006

A complexidade do "Eu"


Todos nós temos um "eu", podemos educá-lo, podemos aprender a conviver com ele, podemos gostar dele, e podemos detestá-lo... mas de uma maneira ou de outra, ele está sempre connosco!

No perfil, eu tinha escrito que era uma mulher complexa, mas que queria coisas muito simples... Será afinal que as coisas são assim tão simples? Será que sou uma mulher simples que afinal quer coisas simples, ou uma mulher complexa que quer coisas complexas? Como é que coisas que achamos que são tão simples, se tornam tão complicadas? Como é que coisas que achamos que são complicadas, são afinal tão simples?

Eu sei, isto já parece um texto filosófico... mas nunca se questionam? Porque razão coisas como amar podem ser complicadas, quando só seria necessário sentir.. se calhar, a vida é simples na sua complexidade. Nós é que tornamos as coisas sempre num grande problema. Ou então, criam por nós esse problema e nós de repente somos engolidos por ele.

Mas continuo a afirmar na minha complexidade que quero amar e fazer feliz alguém, e que esse alguém me faça a mim feliz. E, por muito pequeno que seja, quero fazer algo importante, algo que valha a pena... Voltamos assim, ao caminho desconhecido da vida... a vida que espera por nós!




Só um aparte: Parabéns pai!!! ;) Feliz aniversário, estou longe de ti, mas tou perto do teu coração e tu do meu!


segunda-feira, setembro 25, 2006

Bordéus



Bordéus... cidade antiga, bela, plana, calma...
Cidade conhecida sobretudo pelos seus famosos vinhos. Mas, para mim, o que mais me encanta são os seus edificios de pedra, a sua arquitectura, as varandas de ferro forjado trabalhado, as suas ruas movimentadas, mas ao mesmo tempo ordenadas, o transito parece não ser tão mau como noutros sítios... É, verdadeiramente, uma das cidades mais bonitas onde já estive. E, pela segunda vez, tenho o privilégio de viver aqui durante um ano lectivo. Mais um ano em que poderei fazer novas descobertas, conhecer novos recantos singelos, bares aconchegantes, pequenos restaurantes encantadores, conhecer novas pessoas, sentir uma alegria imensa sempre que ouço alguém a falar português...
Foi aqui que descobri realmente o que significa "saudade". Estar tão longe do nosso país, da nossa casa, da nossa familía, da nossa faculdade, dos nossos amigos, ... saber que durante 2 a 3 meses não os voltarei a ver até às férias... É algo que também nos faz crescer, porque aprendemos a lidar com mais situações.
Mas compensamos com as soirées, que são as festas que fazemos em casa uns dos outros, onde o grupo internacional das "Fileiras Integradas" se junta e convive. Tal como aconteceu ontem à noite, onde pudemos rever muito do pessoal que já não viamos à um ano.
Infelizmente, isto não é só coisas boas... também temos aulas e trabalhos e exames... lol E por isso, amanhã de manhã tenho que acordar cedo, logo vou parar por aqui.
Boa noite!

quinta-feira, setembro 21, 2006

Início do Caminho...

Início do caminho... o caminho é certo não se iniciou aqui, já que os nossos caminhos iniciam-se quando nascemos. Onde é que vão acabar é que é sempre uma incógnita!
Mas este foi o início do caminho deste blog! Na verdade, nunca tive nada que se pareça com um diário... algumas tentativas, mas nada em concreto. Por isso, o futuro deste blog também é em si uma incógnita... lol fiquem para ver os próximos episódios!

Os 21 aninhos chegaram... disseram-me que 21 anos só se fazem uma vez! Mas afinal só podemos fazer uma vez todos os nossos aniversários. A questão é sabermos aproveitar cada ano que disposermos da melhor maneira!

Se eu olhar para a minha vida, eu sei que houve muitas coisas que podia ter aproveitado melhor e outras ainda que continuo sem perceber como é que raio elas acabaram! Até podemos saber o porquê, mas perceber como e quando as coisas começaram a descambar é que é dificil...

De qualquer maneira, não me arrependo do que fiz porque sempre segui o que sentia e o que era melhor para mim. Acima de tudo acho que temos de ser fiéis a nós próprios. Porque se não formos, o nosso "eu" deixa de existir.

O destino existe, mas para mim, somos nós que decidimos os caminhos a seguir nesse destino. Eu acredito que o destino é um conjunto de momentos essenciais e muito importantes na nossa vida porque iremos passar, simplesmente a maneira de lá chegar é que está à nossa escolha.

Por isso, com os meus 21 aninhos feitos há tão poucos dias, posso dizer que estou desejosa de percorrer os meus caminhos e cruzá-lo com os vossos! Aprender e ensinar... rir e chorar... sentir e tocar... ouvir e falar... ver e participar... comigo e contigo... nos nossos caminhos futuros.