sexta-feira, outubro 12, 2007

Para ti...


Meu amor, meu anjo, meu amigo, meu protector...

sinto-te a cada batida do coração, que faz-me querer estar sempre ao pé de ti e poder sentir-te... Sentir o teu abraço caloroso, os teus beijos sempre tão ansiados e nunca saciados... deixa-me beijar-te todos os dias de uma maneira só minha, a qual só a tu a conheces. Cada beijo que te dou tem um pouco do meu amor, da minha paixão, do que sou e quem sou. Só tu conheces esta forma de beijar, só tu sabes beijar da mesma maneira...

Cada dia longe de ti, é um dia de saudade. É um dia sem as minhas carícias, mais vazio e não tão brilhante como os outros. Mesmo longe de ti consigo sentir a tua mão a passear pelo meu corpo provocando-me doces arrepios que me fazem sorrir... os nossos lábios tocam-se nos meus sonhos, a nossa pele unida é uma doce tortura que eu adoro repetir constantemente...

Eu sei que as nossas batidas de coração batem em uníssimo, a um ritmo só delas conhecido. Os nossos olhos sabem encontrar-se e conversar. As nossas mãos procuram-se para ter aquela carícia intíma mesmo no meio de uma multidão. Inclino-me para ti e sussurro:


«Eu Amo-te muito... mais ninguém me faz sentir assim, e mais ninguém eu amo tanto assim» .



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Now playing: Fingertips - you´re gone ( everybody knows
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domingo, outubro 07, 2007

Bailar no meio dos sonhos


Caminhando pelo mundo dos sonhos e fantasias, partilhamos algo que vem de nós de uma maneira pura, singela, intocável. Quero tocar os meus sonhos a cada novo dia, ter sempre esperança, poder sentir sempre este frémito nos dedos de tanto querer dizer mas que é impossível devido à incapacidade humana de escrever mais rápido. Quero voar no meio as nuvens, quero sentir esta alegria de saber de ser amada por um homem maravilhoso e pela minha família. Quero sentir sempre que estarei segura no meio da insegurança porque os terei sempre ao meu lado, porque afinal.... o lugar deles é eterno ao pé de mim, ao pé do meu coração, bem juntinho a mim.

Tenho sonhos que quero concretizar. Tenho sonhos que quero partilhar. Tenho sonhos que estarão sempre comigo quer os realize ou não, porque fazem parte de mim, porque fazem parte de quem sou, porque eles são o que sou. Consigo sentir a música nas minhas mãos, o ritmo do piano parece o mesmo do do meu coração. Sinto-me em casa, sinto-me em harmonia, sinto-me eu. Os sentimentos são uma coisa indescritível. Fazem-nos voar e brincar em universos diferentes, podendo-nos transportar a diversas dimensões numa fracção de segundos. Levam-nos ao nosso sonho mais alto e belo e trazem-nos para a terra que sabemos ser bem real e um pouco menos paradisíaca, mas não menos saborosa.

Deixa-me voar Destino nas vagas da maré imensa que aí vem, permite-me surfá-las sem me afogar e perder o fôlego. Eu quero nadar com os golfinhos, protectores dos mares e sonhos tão imensos como o desejo de alguém. Quero voar com as fadas, guias iluminadoras dos sonhos, que nos dão luz quando tudo o resto é negro. Quero sentir a terra, cheirá-la e trabalhá-la como uma formiga, porque isso transmite-me prazer.

Paro então um segundo e deixo-me bailar na suavidade da música sentindo-me a flutuar no ar e a fazer os mais belos gestos coreografados que existem....

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Now playing: Beethoven - Sonate au Clair de Lune
via FoxyTunes

domingo, maio 27, 2007

Arco-íris


Hoje vi um arco-íris...

um sinal, uma lembrança das maravilhas da natureza que é capaz de pintar algo tão belo... tão belo que nos faz desejar acreditar na lenda de ir apanhar o tesouro no fim do arco-íris... como se conseguíssemos encontrar uma das pontas e andar nele...

Que caminho maravilhoso poderia ele me levar? Especialmente este de cores tão fortes e belas... do vermelho vivo, ao azul-arroxeado.... cada cor um sentimento, cada cor uma esperança...

Caminho de sonhos de criança e esperança inocente...
Caminho de imaginação fértil e alegria contagiante...
Caminho de quem sonha mais alto e além dos parâmetros frios e cruéis da sociedade...

Lindo arco-íris... guia-me com as tuas cores pelo meu caminho dos sonhos. Que sejas um bom prenúncio para mim amanhã... para o meu último exame de licenciatura... O último! Quatro anos passaram-se tão depressa, tanta coisa se passou, tanta coisa vivi, tanta coisa boa... algumas nem por isso, mas que passaram tão rápido como a duração de um arco-íris no céu...

terça-feira, maio 22, 2007

Busca do caminho para ...


Eu não sou uma escritora, mas tenho as minhas próprias palavras. Nem sempre elas saem com facilidade e força, nem sempre as sinto como minhas, levando-me a apagar tudo o que já tinha escrito.... mas outras vezes, lentamente elas vão surgindo, uma à uma... cada uma trazendo um significado, cada uma trazendo um pouco de mim.

Serei eu uma criança a aprender a escrever e a ler as minhas palavras? Quem é o meu professor, mentor, ou simplesmente Deus? Dizem que a fé responde às nossas questões. É possível, eu tenho fé e acredito. No entanto, acredito naquilo a que chego à conclusão em cada etapa da minha busca por algo que muito cedo começou... Interrogações e curiosidade sobre algo que era inatingível e não tinha respostas. Sobre algo que me fazia inquietar e que não tinha paz. Li muito, livros de todo o tipo; observei a vida em meu redor; conheci realidades pela televisão que não poderia conhecer de outra forma, uma vez que estou longe; fui conhecendo aos poucos várias religiões e filosofias que preconizam a melhor forma de alcançar o Paraíso, Nirvana, ou simplesmente a paz de espírito. Não posso dizer que encontrei tudo aquilo que procurava. Ainda hoje tenho muitas questões... mas aos poucos vou conseguindo chegar a uma conclusão, juntando peça por peça, utilizando lógica, coração e fé. No meu seio, eu sei... eu sei que já encontrei partes da minha resposta. Talvez não será a resposta para todos aqueles que se interrogam como eu, mas é a resposta para mim. Nem sempre existem respostas universais, porque se formos a pensar não somos iguais. E não sendo iguais, as respostas não serão as mesmas.

Há dias em que os nossos pensamentos surpreendem-nos mesmo a nós próprios... e que surgem muitas vezes nos nossos sonhos porque não os expelimos quando o devíamos... Pensamentos de tristeza, de medo de algo, de esperança, de algo sobre nós próprios que ainda não sabíamos bem... Como posso dizer que não me conheço? Eu que vivo neste corpo há 21 anos, que aprendi o que sei hoje através das minhas experiências e vendo as dos outros... Mas sinto no meu peito que há muito mais a viver e experienciar, que tenho algo a fazer, algo a dar, algo a contribuir. É nessa minha busca pelo meu destino que faço as minhas escolhas, sejam elas boas ou más, uma vez que todas e cada uma me leva um passo mais adiante no meu caminho. Ás vezes quando sinto uma certa ansiedade dentro de mim, é sinal que tenho que me mexer, apanhar oportunidades que me aparecem e aproveitá-las já que quando se encontra numa busca, não podemos parar para descansar. Senão corremos o risco de nos esquecermos do nosso objectivo, de nos perdermos no nosso caminho e ficarmos ali naquele ponto que deveria ser somente um ponto de passagem. Deitar a cabeça na rocha do caminho e dormir não é a resposta. De certeza que a resposta não está somente no fim do caminho, mas é no fim do caminho que cada pedacinho do puzzle da resposta é posto no seu lugar, dando-lhe um sentido.

Por isso, eu quero voar e partir para novas paragens. Tenho que sentir a brisa na face, o calor suave do sol, e a luz da lua que me ilumina o caminho. Tenho que encontrar a próxima pista, resolvê-la para poder continuar na aventura. Eu preciso de voar, preciso de liberdade... viver a minha vida e decidir por mim própria, deixarem-me ser útil, deixarem-me conhecer-me a mim e aos outros... seguir caminhos inexplorados , mas que estão ali aliciando-me com o seu desconhecido. Viver...

Será mesmo que vivemos uma única vez? Será possível, que tanto sentimento, tanto pensamento, tantas palavras e obras foram sentidas, pensadas, ditas e feitas para um dia desaparecerem no vento? Que tantas almas possam existir mesmo pondo a hipótese de o Paraíso ser infinito? Dizem que quando as nossas palmas das mãos estão cobertas de riscos, é um sinal do quanto a nossa alma é velha... que já vivemos afinal mais vidas do que aquela presente. As minhas já contêm bastantes, mas não é por isso que me sinto mais sábia. Será que trazemos lições de outra vida para a próxima de maneira a nos aperfeiçoarmos e chegarmos à felicidade última: o conhecimento do passado, do presente e do futuro? O conhecimento do porquê de existirmos, a razão e objectivo da criação de vida, o porquê de por enquanto sermos o único planeta (segundo sabemos) que contém tanta forma de vida? Dizem que Buda alcançou este conhecimento, o Nirvana. Poderemos todos nós sermos um dia Iluminados? Talvez um dia... nada é impossível...

quarta-feira, abril 25, 2007

Voltar à Vida


As cores dançam e envolvem-se criando um paraíso perfeito de paletas de arco-íris, num mundo plano, montanhoso, turbulento e pacífico. Que mundo é este de que fá-lo? O de todos nós, pois claro!
Como assim? Muito simples, cada um de nós tem a sua visão de ver as cores, as formas, as coisas boas e más e que existem no mundo. A eterna metáfora do copo meio-cheio e do copo meio-vazio... é assim que algo como haver alegria na vida pode mudar drasticamente o futuro de alguém.

De que serve sermos pessimistas e passarmos a vida inteira a dizer mal de tudo e dos outros, que nada corre bem, e que se correr óptimo, mas se não corresse nada se perderia porque não há já esperança a ser esmagada...

Mas a que ponto isto é bom? Tudo bem que eu estou inserida na óptica dos optimistas, porque não vejo em que é que ganho em ser negra em relação a tudo a que virá no futuro.
Eu adoro as cores, as variações das cores... adoro ver-me rodeada pela natureza e poder ver a sua beleza. Ir a um aquário gigante e poder olhar por janelas gigantes um mundo que posso visitar, mas não viver. Mas por poucos segundos, entro no meu mundo, alcanço a minha paz e aproveito todas as sensações que o meu corpo me transmite... as cores reflectidas na água pela luz, os peixes e mamíferos de cores e formas variadas, dançando e bailando na fluidez da água. Ponho a mão no vidro frio como se quisesse entrar lá para dentro, de forma a poder dançar e brincar com a água com estes seres magníficos... Só me apetece sentar no chão de olhos pregados nesta enorme televisão natural e pensar... ou simplesmente deixar-me ir... sentir o alívio de nada pensar, de nada me constranger, de nada me humilhar e me fazer sentir menos que nada.

Sinto que poderia ficar horas aqui a olhar, a relaxar, a fazer parte do mundo dos peixes e sereias... num mundo imaginário, mas que se pode tornar tão real quando nos sentimos assim tão bem e libertos. Podem dizer, que este mundo serve para fugir, para não enfrentarmos o mundo real... na minha perspectiva, será mais um santuário onde podemos recarregar as nossas energias para podermos continuar o combate de tornar o nosso mundo num melhor. E porque não ter um mundo de fantasia? Ter um mundo de fantasia permite-nos alimentar a nossa imaginação, a nossa esperança, permite-nos compreender outro sentido da vida, também compreender a visão inocente das crianças... alimentar a criança que há em nós e que tanto deseja que brinquemos com ela e a deixemos correr e brincar.

O meu mundo da fantasia é real... eu levo comigo só aqueles que compreendem o seu valor e que me conseguem ver completamente. Eu levo para que o visitem, para que brinquem nele, para que façam parte de mim e me façam companhia. Uma vida solitária não é para mim... nunca foi e nunca será. Por isso, fiquei tão feliz quando reconheci no teu olhar que me vias, que me compreendias, e que querias ver o meu mundo. Tu consegues-o ver, consegues tocá-lo, consegues agarrá-lo e guardá-lo nas tuas memórias. Também o sabes preservar dos descrentes e hipócritas, que já não acreditam em mais nada além da vida material que levam...

Tristes são aqueles que não vêem mais nada além da competição de ser o melhor da sua aldeia, de ter o melhor, de querer o melhor... tudo é material, incluindo os sentimentos. Pelos vistos, já há quem venda sentimentos e futuros pela perspectiva de uma enorme conta bancária. Pelos vistos há quem olhe para os felizes e queira destruir a sua felicidade porque eles não o são. Pelos vistos, querem tudo para quando o conseguirem, já o poderem deitar fora porque perdeu todo o interesse. Será que uma pequena flor renascida no meio de um campo ressequido os pode fazer voltar à vida? Voltar a fazê-los aproveitar o que há muito tempo aproveitaram com uma alegria infantil? Ou será que nunca o puderam fazer?

Voltar à vida, viver a natureza, dançar com as cores do vento, correr com as folhas do parque, deitar-me na cama fofa do jardim, inspirar o aroma das flores campestres, sentir a dureza do caminho da montanha, apreciar a beleza da paisagem quando chegado ao cume... Assim, espero a cada momento de repouso entrar no meu mundo, recarregar baterias, viver e aproveitar, para em seguida voltar a lutar por um mundo melhor.

domingo, março 25, 2007

Mãos sujas de sangue...


Há tanta coisa que me faz pensar... questionar, duvidar, e crer ainda com mais força no que acredito. Como é possível que nós como humanos, possamos fazer coisas tão mágicas, belas, frágeis, mas tão fortes de significado, e ao mesmo tempo, sermos tão destruidores, tão insensíveis, tão orgulhosos e egoístas...
Como tanto mal e bem pode estar encerrado em cada pessoa, em cada alma que vagueia pelo mundo... tantos são os exemplos ao longo da história que nos provam isso...

O sangue não muda de cor, de raça, de personalidade... é o mesmo sangue vermelho, quente, espesso, que desliza e mancha o chão da infâmia de cada acto ignóbil contra a vida de alguém, para agradar a deuses imaginários, para agradar a mentes esquizofrénicas e sedentas de sangue... vampiros de noite e de dia, que percorrem o mesmo chão que nós, que respiram o mesmo ar que nós, que têm as mesmas necessidades fisiológicas que nós, mas que algo dentro de eles é completamente diferente... almas negras e desesperadas para encontrar algo que as satisfaça, algo que as deixe em êxtase, algo que eles não procuram...

Mas porquê, como e quando estas mentes despertam para o chamado Mal... será ele uma personagem existente que nos influencia? Será ele uma força incontrolável, ou será ele um elemento para equilibrar o mundo... a eterna luta do Bem e do Mal, Deus e Diabo, Branco contra o Negro, Coragem contra o Medo...

Mas até que ponto somos nós peões de algo que não conseguimos perceber ou compreender? Até que ponto não somos responsáveis por cada acto maléfico que praticamos? Até que ponto algo é mau? Qual a linha que divide o Mal do Bem?

Quem somos nós para apontar o dedo? Quem nos deu tal poder? Porquê apontar o dedo e não fazer algo contra o que não concordamos, contra o Mal praticado, contra a ameaça do Mal?

Nenhuma caça às bruxas resolve o assunto, não é aumentando a produção e invenção de novas armas, não é direccionando o dinheiro de contribuintes e pessoas inocentes que podia ser tão bem usado, para manutenção de exércitos e guerras, não é deixando a ganancia vencer e fornecer armas a grupos guerrilheiros que matam mulheres e crianças que vamos ser felizes, que vamos viver em paz, que vamos ter a consciência limpa.... Consciência.. Terá ela morrido? Porque será que perdeu a sua voz no meio dos gritos que envolvem aqueles cegos pelos diamantes, pérolas, dinheiro, aviões, mulheres, ouro e carros...? Em que é que eles ajudam na evolução da Humanidade? Porque é que tanto mal existe? Porque é que se olha tanto de lado para aqueles que lutam contra a futilidade, o desprezo pela vida, o desprezo pelas relações humanas, contra a corrupção e vilania, contra a usurpação de tesouros privados, e destruição de vidas publicamente só para se ganhar dinheiro...

Sempre dinheiro... Sempre dinheiro... Sempre dinheiro...

Eu quero gritar contra tudo isso, eu quero abafar tudo o que me dizem de mal, não quero ouvir quem me deita abaixo, não quero baixar os ombros e ser mais alguém na multidão, não quero ser alguém pequenino que ninguém se importa e que tenta esmagar como uma mosca! Eu quero lutar, eu quero lutar, eu vou lutar!!! Como? Nunca mudando a minha personalidade, acreditar no que sempre acreditei, aprender e saber utilizar os caminhos do meu futuro, para tentar fazer algo de bom para o meu futuro, para o futuro dos meus, para o futuro de todos, porque afinal... se todos os que acreditarem no bem, que é possível construímos algo melhor, que podemos ter e usufruir dos tesouros da Terra sem os destruir e matar... então conseguiremos fazer algo de bom,algo de importante. Porque mesmo o ser mais pequenino do mundo pode mudar o curso do mundo... e para os mais cépticos que não acreditam nisso, está provado cientificamente que mesmo o bater das asas de uma borboleta começa um processo que pode desembocar numa tempestade enorme do outro lado do mundo de onde se encontra...

E cada um de nós é uma borboleta, e os nossos actos são as asas da borboleta...

quarta-feira, março 14, 2007

Fazes as palavras cantar...


A música toca e começa a despertar sentimentos bem dentro de mim...

Eu sei o que sinto, que de tão forte quase posso tocar fisicamente em mim... é incrível como o facto de amarmos alguém muda o curso da nossa vida, muda a nossa visão para algo ainda mais belo, algo que pensávamos inalcançável, porque só poderia pertencer à nossa imaginação de tão belo que é...

As coisas podem nem sempre correr bem, mas eu sei que estarás sempre aí para me ouvir, para me reconfortar, para simplesmente me poderes mostrar que estarás sempre ali, em qualquer altura, mesmo que estejas muito longe de mim...

Quando nos beijamos, entramos no nosso mundo, o mundo real fica nublado e concentramo-nos somente em nós... segundos, minutos, horas passam sem percebemos... a única coisa real, doce e tangível é a tua pele, a tua respiração, os teus lábios, as tuas mãos, o teu corpo... todo ele emana calor e sentimento, consigo sentir cada mensagem que ele quer transmitir... e a cada segundo eu respondo e tento responder, sem saber como...

Nem sempre sei como responder, não quero ser repetitiva , nem tão pouco original... eu não sou tão boa com as palavras como tu... sabes utiliza-las, tirar-lhes o seu maior e melhor sentido, usá-las sem tirar o único que elas contém, ... tu fazes as palavras cantar... para que elas levem a sua música especial ao meu coração tão faminto de ti...

Em sonhos de labirintos tu encontras-te-me... dizes que não sabes de onde eu apareci, de como eu posso existir tão em resposta aos teus sonhos... no entanto, por muito que as pessoas deixaram de acreditar no destino, no Amor verdadeiro, na fantasia que se pode tornar realidade, de encontrar a alma gémea... afinal tudo isso existe! Senão ambos somos parte do mundo dos sonhos, não existimos como os outros, caminhamos em estradas diferentes, temos olhos de outro mundo, pensamentos únicos e sentimentos unidos um ao outro...

Será que o mundo dos sonhos é assim tão distante da vida real? Porque não unir os dois mundos? Somos nós que construímos o nosso mundo, somos nós que decidimos o que fazer e o que ver... por isso às vezes podemos ser tão cegos... ter o que queremos à nossa frente, mas como não acreditamos, não as vemos e deixamos passar a oportunidade... por vezes, a única oportunidade...

Por isso, dou graças, por viver em dois mundos, com um pé num mundo, e o outro pé no outro fazendo a ponte entre os dois... cabeça e coração unidos num só propósito, olhos virados para a frente e sem óculos escuros para poder ver tudo, com os pés calçados para poder caminhar mesmo onde há espinhos, porque afinal no final do caminho... há sempre algo bom à espera...


quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Uma ligação de seda...


Tocas-me sempre e em qualquer altura... tens algo especial que é como uma chave para aquilo que o meu coração tanto quis ouvir, sentir e retribuir ao longo destes anos. Fazes-me sentir especial a qualquer hora do dia, e mesmo que não me digas nada, nem dês qualquer sinal, eu sei o que sentes, consigo sentir dentro de mim. Tu dás-me segurança, confiança, lealdade, amor e amizade. Tu dás-me tanto que às vezes penso que não é real...

Como de repente deixei de estar sozinha, para estares presente a qualquer momento do meu dia, por mensagens, conversas electrónicas, telefonemas, pensamentos e sentimentos. De um dia que desejava ter alguém como tu, tu apareceste... apareceste, falaste comigo, compreendeste-me, sentiste-me...

Quando estou cheia de alegria, lembro-me logo de te dizer algo porque quero compartilhar a minha felicidade, quando estou triste quero-te falar dela para que ela se vá embora, quando me sinto cheia de saudades, poder ouvir a tua voz... trazes-me tanta paz e dás-me mais energia e força para continuar a ser optimista...

Olhaste no meio do nevoeiro e viste-me... sem lâmpadas ou velas, conseguias ver-me, e eu a ti. Poder ver alguém e perceber que ele nos olha da mesma maneira... é simplesmente inqualificável a felicidade que nesse momento transportamos no corpo e na alma... ela é tanta que não conseguimos conte-la... o peito aperta, a barriga dá saltos, os braços formigam, a boca seca... que desejo de poder tocar e sentir-te. Ver que és real, sentir que me vês e compreendes...

Quero poder contar-te tudo, conversar contigo, fazer-te ver o quanto me tocas e o quanto me prendes mesmo estando livre. Eu sou livre por estar ligada a ti, não é uma corrente, é um fio de seda que nos liga e por isso mesmo, milhões de vezes mais forte que o aço.

Sinto-me tão feliz que sinto lágrimas a quererem sair... sinto a tua falta quando não estás comigo, quando não te posso sentir realmente, quando só tenho a minha memória para te trazer de volta até mim, pelos momentos em que não estás...

Mas quando estás... não me sinto nervosa, não me sinto triste, não me sinto aborrecida... pelo contrário, estou sempre feliz, confiante, segura... dás-me pequenos presentes em pequenos gestos que me mostram o que sentes por mim... adoro cada pedacinho de atenção que tens por mim, cada esforço que fazes para estar comigo, pelo prazer que demonstras por tudo o que eu faço por ti...

Poderes ver e apreciar cada pequeno presento que dou, porque para mim, são sempre grandes presentes porque estou a dar sempre um pouco de mim, a cada presente dado. Mas sei que nunca perderás estes presentes, porque os carregarás contigo, no teu coração e nas tuas recordações... logo ao dar-te nunca estarei a perder-me... só estarei a completar-te, a completar-me... porque afinal... sempre nos completamos.


segunda-feira, janeiro 29, 2007

Cai leve, levemente...















A neve cai e é uma alegria instantânea... todos nos tornamos de novo em crianças, deixando fluir livremente este sentimento, saltamos, brincamos, tiramos fotografias... tudo isso, enquanto temos os pés encharcados e mal vestidos para enfrentar o frio abaixo de zero... que loucura... mas que alegria enorme!

É incrível como somos influenciados por fenómenos naturais como o cair da neve. O ver farrapos grandes de algodão branco a cair do céu, é uma excitação imediata para todos...

Quando entramos em casa, completamente enregelados, mas com um sorriso enorme na cara, mudamos de roupa e vamos fazer um chá. É tão bom poder sentir este líquido quente a descer a garganta e a aquecer-nos por dentro.

De manhã, a beleza é outra... enquanto caminhamos pela cidade, podemos ver os telhados cobertos pela neve, as árvores enfeitadas com montinhos brancos, no chão, a neve e o gelo confundem-se ocasionando algumas escorregadelas.

Poder entrar no Campus e ver uma imensidão de campos cobertos de neve, parece que estamos num país nórdico, com um frio impressionante, mas uma beleza inqualificável diante os nossos olhos! Poder sentir debaixo dos pés o ranger do gelo da neve, as novas pegadas deixadas a cada passo, a luz reflectida do sol no manto branco... ver esta paisagem fez-me lembrar o Natal. Como se este simples fenómeno natural pudesse trazer de novo aquela época.

Esta paisagem parece que nos traz um silêncio, uma calma, uma inspiração... ao caminhar sozinha por este cenário, tomo mais atenção em meu redor e reparo em pequenos detalhes, tão especiais como se tivessem sido postos assim de propósito. Um monte de neve pousado em cima de um monte de folhas, gelo envolvendo o arame das vedações, a erva a despontar pela neve, como se esta fosse espuma...

Como a Natureza é mestra em tudo... graças a ela temos a possibilidade de conhecer maravilhas que jamais sonharíamos alguma vez encontrar, além de que são maravilhas que nos alegram a vida.